Bernice King, que, tal como o pai, também é pastora, afirmou que os políticos norte-americanos têm reduzido o legado antirracista de Martin Luther King Jr. a um "King confortável e conveniente”, esquecendo as suas verdadeiras palavras. "Adoramos citar King em torno do feriado. Mas recusamo-nos a viver King nos restantes 365 dias do ano”, afirmou a reverenda numa missa na Capela Baptista de Ebenezer, onde o seu pai pregava, perto de Atlanta, no estado norte-americano da Geórgia. Para Bernice King, Martin Luther King Jr. era "um profeta enviado nesta nação e a este mundo”, avisando sobre os desafios do racismo, das desigualdades sociais, da brutalidade das forças de autoridade e das políticas migratórias agressivas. A reverenda também se confessou "exausta, exasperada e, francamente, desiludida” por ver que as palavras do seu pai se traduziram em "pouco progresso”.
