O Presidente em exercício da União Africana (UA), Azali Assoumani, disse ter chegado "o momento de permitir que a voz de África ressoe em todo o mundo", reiterando a exigência de representação permanentes no G20 e no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Política e Sociedade Maio 25, 2023
Durante as celebrações do Dia de África, na sede da organização, em Adis Abeba, o também chefe de Estado das Comores afirmou que durante o seu mandato à frente da UA "tentará convencer os homólogos do G20 da necessidade urgente de a União Africana se tornar seu membro de pleno direito".
"Através desta presença permanente, a UA terá a oportunidade de dar a sua opinião sobre as grandes decisões económicas e financeiras que lhe dizem respeito", disse.
Para ele, "é também nesta direcção que reitero o apelo a reformas que permitam ao nosso continente dispor de um ou mesmo mais lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas", visando "pôr fim à injustiça que sempre foi infligida" ao continente-berço da humanidade.
Azali Assoumani sublinhou que a OUA, antecessora da União Africana em 2002, atingiu "dois grandes objectivos num contexto histórico particular, nomeadamente: a conclusão da descolonização de África e o fim do 'apartheid' na África do Sul", mas criticou o facto de continuar "a existir algumas injustiças".
Ainda assim, apelou à prossecução das "ambições de unidade, paz e desenvolvimento", embora África continue a enfrentar "desafios significativos, tais como a multiplicação de transferências de poder inconstitucionais nos últimos anos, os conflitos intra-africanos e o terrorismo.
Contudo, destacou aspectos positivos como a criação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), que, segundo avançou, vai "tornar-se um dos maiores mercados mundiais nos próximos anos".
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