Por meio do Ministério de Energia e Desenvolvimento Mineral, em colaboração com a Plataforma Africana de Negócios Nucleares (AFNBP), o evento vai discutir o desenvolvimento da energia nuclear no continente africano.
Uma declaração da ministra ugandesa da Energia, Ruth Nankabirwa, a conferência constitui, entre outras, "uma excelente oportunidade para o Uganda, em particular, e para o continente africano em geral encontrarem abordagens adequadas aos desafios da indústria nuclear".
"A conferência ocorre num momento em que o Uganda se prepara para emendar a Lei de Energia Atómica de 2008, para fortalecer o regime legal de segurança nuclear, protecção, salvaguarda para material nuclear, responsabilidade civil nuclear e manutenção da estrutura institucional nuclear", disse.
Ocorre ainda numa altura em que sete países da África Subsaariana, incluindo Uganda, se comprometeram a ter a energia nuclear como parte de sua matriz energética entre 2030 e 2037. Nankabirwa disse que a região, particularmente Uganda, está experimentando uma população cada vez maior, crescimento económico e crescentes necessidades sociais que exigem o desenvolvimento sustentável dos recursos energéticos.
Observou que a visão do Uganda para 2040 e os subsequentes planos de desenvolvimento nacional para identificar a electricidade como energia moderna para mudar o país para uma sociedade industrializada e predominantemente urbana só serão realizados com a introdução da energia nuclear.
"Isso ocorre porque a geração de electricidade a partir de potencial hídrico, de biomassa, geotérmico e de turfa, se totalmente desenvolvida, não pode atender às metas da visão de Uganda para 2040", adiantando que "o Uganda está a dar passos firmes para integrar a energia nuclear na geração de electricidade para garantir a segurança energética e fornecer electricidade suficiente para a industrialização.
Além disso, o governo identificou a energia nuclear como parte do plano de transição energética do Uganda e continua a investir no desenvolvimento da infra-estrutura necessária, incluindo o desenvolvimento do capital humano em áreas especializadas para apoiar o desenvolvimento inicial da energia nuclear", explicou a ministra.
