O número de vítimas de tráfico humano detectado na África subsaariana diminuiu ligeiramente em 12% entre 2019 e 2020, refere o Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas das Nações Unidas, relativo a 2022.
Política e Sociedade Fevereiro 9, 2023
Segundo o documento, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), as crianças continuam a representar a maioria das vítimas detectadas e se a elas se juntar as mulheres, o total de vítimas destes dois grupos populacionais traficados na África subsaariana é de 62%.
"Entre 2019 e 2020, a taxa de vítimas infantis por 1.000.000 habitantes aumentou 43%", todavia, detalha o relatório, "são detectadas menos vítimas por 100 mil habitantes do que noutras partes do mundo”.
"Embora a exploração sexual seja historicamente uma forma de exploração noutras regiões que registam maioria de vítimas do sexo feminino, o trabalho forçado continua a ser a forma mais comum de tráfico detectada na África Subsaariana, particularmente nos países da África Oriental, em que o tráfico para trabalho forçado representou 80% da forma de exploração para o total de vítimas registado em 2020”, aponta o relatório.
Em comparação com outras regiões de tráfico transfronteiriço, as vítimas da África Subsaariana são detectadas num número crescente de países, tanto dentro como fora da região de origem.
Segundo o relatório, 85% das vítimas detectadas em 2020 foram traficadas domesticamente e nas situações em que foram detectadas vítimas estrangeiras, a maioria era traficada dentro da região de outros países da África Subsaariana, particularmente de países da África Oriental e Austral.
Para donativos monetários ao projecto:
Novo Banco - Portugal - IBAN: PT50 0007 0000 0016 8454 5662 3 - SWIFT/BIC: BESCPTPL
Banco de Comércio e Indústria (BCI), R. Rey Katiavala, 224, Luanda - Conta 4102547210-001