Novo presidente da UA defende cancelamento total da dívida africana

O eleito Presidente rotativo da União Africana para o mandato deste ano, Assoumani Azali, apelou para o cancelamento total da dívida africana, visando “uma recuperação económica pós-Covid-19 e permitir também fazer face ao impacto negativo causado pela guerra na Ucrânia".

 Política e Sociedade   Fevereiro 20, 2023

Novo presidente da UA defende cancelamento total da dívida africana

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Discursando em Addis Abeba, Etiópia, na qualidade de novo Presidente da UA, em substituição do Presidente do Senegal, Macky Sall, Azali prometeu lutar para que os 22 países africanos com uma elevada dívida externa consigam negociar a sua eliminação num quadro mais inclusivo.

De acordo com o também Presidente da União das Comores, os dados do Banco Mundial assinalam que estes países dedicam uma média de mil milhões de dólares para o serviço da dívida.

Assoumani Azali quer a adopção de mecanismos mais inclusivos e que integrem os credores multilaterais públicos e privados, contando “com as promessas e empenho, até aqui, demonstrados pelo Fundo Monetário Internacional”.

De acordo com Assoumani Azali, as crises multifacetadas também têm gerado a insegurança alimentar no continente e constitui, por isso, uma fonte de forte preocupação devido a sua gravidade, pois ameaça trazer ainda mais retrocessos ao continente e um cenário de fome.

Aos parceiros europeus, presentes na Cimeira de Chefes de Estado e Governo da União Africana, o Presidente da União Africana convidou para uma mobilização em massa em termos dos acordos de financiamentos de mais de 150 biliões de euros para apoiar o continente aprovados na Cimeira União Europeia - União Africana.

Disse ainda que no âmbito das suas responsabilidades, sobre questões muito importantes enfrentadas pelo continente, vai fixar sua atenção a missão essencial que é levar avante o tema do ano "Acelerar a Implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana".

"Colocamos, colectivamente, muita esperança nesta ZCLCA, que a nossa organização lançou em 2001 e que pode trazer soluções adequadas para os nossos problemas", assumiu, adiantando caber a cada um dos Estados signatários criar as condições normativas necessárias, para que esta ferramenta excepcional sirva realmente de alavanca, para o comércio intra-africano e para o seu desenvolvimento, porque este permanece muito insuficiente, até 17% do comércio continental, assim como a parte da África, no comércio mundial, que estagna em 4%.

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