O plano de investimento está a ser viabilizado após as partes do projecto terem resolvido um contrato de Partilha de Produção (PSC) prolongado.
"O projecto do gasoduto, que ligará a Nigéria a Marrocos, já está na Fase II do FEED, passando por Avaliação de Impacto Ambiental e Pesquisas de Direito de Passagem", disse o director executivo (CEO) do Grupo NNPCL, Mallam Mele Kyari.
O CEO destacou que mais investimentos são esperados como resultado das disputas recentemente resolvidas do contrato de partilha de produção com parceiros.
De acordo com o ministro de Estado dos Recursos Petrolíferos da Nigéria, Timipre Sylva, a data de início da construção do gasoduto ainda não foi definida, pois algumas questões administrativas precisam ser resolvidas.
Marrocos abrigará 1.672 quilómetros do gasoduto, que deverá beneficiar mais de 400 milhões de pessoas na África Ocidental.
O rei Mohammed VI enfatizou a importância do projecto, descrevendo-o como um ponto de virada estratégica que avançará significativamente no desenvolvimento do continente.
"Quero que este seja um projecto estratégico que beneficie toda a África Ocidental - uma região que abriga mais de 440 milhões de pessoas. Este é um projecto para a paz, para a integração económica africana e para o co-desenvolvimento: um projecto para o presente e para as gerações futuras", disse.
O projecto foi proposto pela primeira vez pelo rei Mohammed VI e pelo presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, em 2016, mas ganhou força substancial recentemente devido ao aumento dos preços da energia e à diminuição do fornecimento de gás europeu em meio à guerra na Ucrânia.
Espera-se que o oleoduto ajude o Marrocos a superar sua persistente crise de energia, com o país do norte da África a importar casualmente 90% de suas necessidades energéticas.
O projecto de gasoduto de 5.600 quilómetros de extensão abrange 13 países ao longo da costa atlântica e conta com apoio de muitos países, incluindo Nigéria, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné, Serra Leoa e Ghana.
Os países assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) com o Escritório Nacional de Hidrocarbonetos e Minas de Marrocos (ONHYM) em Dezembro de 2022, reflectindo a sua determinação em apoiar o projecto de gasoduto Marrocos-Nigéria, que visa melhorar a infraestrutura energética na região.
