Como a mortalidade infantil geral caiu para um nível recorde, a taxa de mortes infantis súbitas e inesperadas, ou SUIDs, permaneceu teimosamente alta em 2020, de acordo com um estudo publicado no dia 13 de Março, na "Pediatrics".
Classificada como incluindo síndrome de morte súbita infantil, sufocamento acidental, estrangulamento na cama e outras causas desconhecidas, em 2020, a taxa de SUID para bebês brancos caiu para o nível mais baixo desde 2017, mas entre os bebês negros a mais alta desde então.
Bebês negros já enfrentavam taxas de SUID que eram duas vezes maiores do que suas contrapartes brancas em 2017. No entanto, em 2020, a disparidade aumentou para três vezes, de acordo com o estudo.
As descobertas foram particularmente alarmantes, pois as taxas de SUID permaneceram consistentes dentro de cada grupo racial e étnico por décadas.
Em 2020, os bebês negros ultrapassaram os índios americanos como o grupo racial e étnico com as maiores taxas de SUID.
Sharyn Parks Brown, co-autora do estudo, disse que os pesquisadores reanalisaram os dados várias vezes depois de encontrar o pico entre os bebês negros. “Normalmente, analisaríamos cinco anos de dados para ver qualquer tipo de tendência.
Então, essas são descobertas muito preliminares”, disse Parks Brown à CNN. “Mas isso é algo que teremos que continuar monitorando". Em resposta à pesquisa, os médicos disseram que as altas taxas de SUID's “refletem as falhas sociais”.
As disparidades socio-económicas “não apenas resultam em acesso limitado a cuidados de saúde e educação, mas também em muitas famílias que não têm um local estável e seguro para seus bebês dormirem”, segundo os médicos.
