Num encontro com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, Geingob disse ainda que “a Shell e a Total Energies, juntamente com a companhia de petróleo, a Namcor, e investidores do Catar, descobriram hidrocarbonetos não muito longe da África do Sul, na Bacia de Orange”.
“Isso nos apresenta outra oportunidade de colaboração entre os nossos governos e o sector privado nos sectores de petróleo e gás”, disse, referindo à três descobertas de petróleo no ano passado na Bacia de Orange, no litoral sul da Namíbia e na fronteira com a África do Sul.
Geingob prometeu aos namibianos que essas descobertas trarão prosperidade e crescimento, após os anos difíceis que a economia do país enfrentou.
Com uma produção estimada de 6,5 bilhões de barris de petróleo, as descobertas poderiam render à Namíbia entre 60 bilhões e 95 bilhões de dólares namibianos anualmente em impostos e royalties.
Os projectos de petróleo vão gerar mais de 3.600 empregos no pico da produção e dobrar o produto interno bruto da Namíbia até 2040 para cerca de 636 bilhões de dólares namibianos.
Por sua vez, Ramaphosa disse que ele e Geingob concordaram em ter seus acordos auditados perante a comissão binacional ainda este ano.
“Orientamos que uma auditoria dos nossos instrumentos jurídicos seja realizada à medida que avançarmos para a realização do encontro binacional”, disse Ramaphosa.
A Namíbia e a África do Sul têm mais de 100 acordos bilaterais que cobrem uma ampla gama de sectores. Isso ocorre porque os dois presidentes foram acusados de usar esses instrumentos para ganho pessoal.
Geingob foi arrastado para as supostas ações ilegais de Ramaphosa em torno do encobrimento de um roubo de moeda estrangeira não declarada na fazenda vizinha do chefe de Estado.
