Nos próximos quatro anos, o Ghana Education Outcomes Project (GEOP, Projecto de Educação por Resultados do Ghana) pretende colocar 70 mil crianças de volta à sala de aula e melhorar os resultados de aprendizagem de 98 mil crianças em 600 escolas primárias.
A maior parte do trabalho está a ser realizada em distritos no norte do Ghana, embora o projecto também vise atacar bolsas de crianças fora da escola que vivem nas cidades de Accra e Kumasi.
Com cerca de cinco anos de desenvolvimento, o programa inovador é estruturado como mecanismo de financiamento baseado em resultados, pois, os implementadores só são pagos se atingirem determinados resultados verificados.
“Embora alguns desses programas tenham sido testados na educação, este é o maior até hoje”, refere o Governo.
No entanto, como em todos os programas de financiamento baseados em resultados, existem riscos.
O Governo do Ghana prometeu 4,5 milhões de dólares para o programa, cabendo a outra parte (25,5 milhões de dólares) ao Escritório de Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido.
Debatido pela primeira vez em 2018, o programa sofreu atrasos devido o Covid-19, paralisação de arrecadação de fundos e um processo complicado de design e estruturação.
No lançamento, o conselheiro presidencial do Ghana, Yaw Osafo-Maafo, considerou “marco notável” e um orgulho para o país “sediar o maior projecto educacional baseado em resultados do mundo”.
O Governo foi inspirado a realizar o projecto depois de perceber que o país tinha um “problema” com um número crescente de crianças fora da escola e resultados de aprendizagem ruins, explicou Osafo-Maafo.
O censo do país de 2021 revelou que cerca de 1,2 milhões de crianças em idade escolar no Ghana não frequentavam a escola e 940 mil delas nunca haviam colocado os pés numa sala de aula.
Além disso, as estatísticas do Banco Mundial mostram que as crianças que frequentam a escola não aprendem muito.
O projecto reúne funcionários do Governo, doadores internacionais, investidores sociais e prestadores de serviços, disse Osafo-Maafo, “com o único objectivo de levar os nossos filhos de volta à escola, bem como apoiar colectivamente as nossas escolas e professores para melhorar o aprendizado”.
