O sentimento anti-França cresce cada vez mais em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso. Com bandeiras nacionais e da Rússia, centenas de pessoas manifestaram-se esta semana contra a presença da antiga potência colonial, que tem uma base militar na periferia da cidade, e exigiu a partida do embaixador francês.
Política e Sociedade Fevereiro 3, 2023
Os manifestantes dizem que vivem “num país independente e soberano”, e que o Burkina Faso decidiu “liderar esta luta e esta guerra com bons parceiros”. Defendem que a França não é o parceiro ideal para acompanhar o país "até à vitória final".
Os dois golpes de Estado militares que o Burkina Faso viveu em 2022 desgastaram as relações entre Ouagadougou e Paris. Para conter a sua incapacidade de enfrentar a violência jihadista no norte, o país reforçou os laços com a Rússia.
Os últimos 47 soldados da missão logística de França, baseados no aeroporto de Bangui (capital da República Centro Africana), deixaram este país, num avião militar com destino a Paris.
O Governo de Emmanuel Macron decidiu suspender a cooperação militar com a República Centro-Africana devido à presença crescente de mercenários russos da Wagner, grupo paramilitar que guarda as minas de ouro e de diamantes do país e ajuda a manter o presidente Faustin-Archange Touadera no poder.
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