O Botswana admite encerrar a sua parceria de 54 anos com a empresa De Beers, sediada no Reino Unido, “se o país africano continuar se sentindo enganado”.
Economia e Desenvolvimento Março 13, 2023
Segundo o Presidente do Botswana, Mokgweetsi Masisi, o seu país “não recuará em pedir uma parcela maior dos diamantes produzidos por sua joint venture com a De Beers, aumentando as apostas nas negociações para renovar um acordo de vendas que termina em Junho.
A Debswana, a joint venture entre o Botswana e a De Beers, extrai diamantes. A De Beers compra três quartos da produção de Debswana, que foi de 24 milhões de quilates em 2022. O restante é vendido para a estatal Okavango Diamond Corporation (ODC), que foi estabelecida sob o actual contrato de vendas em 2011, quando Botswana tentou comercializar joias fora do sistema De Beers.
Referindo-se que 70% dos diamantes brutos da De Beers são produzidos no Botswana, no mês passado, o Presidente Masisi ameaçou retirar-se das negociações para estender o acordo de vendas, a menos que Botswana recebesse uma parcela maior da produção da joint venture, adiantando mesmo que o acordo de joint venture de 54 anos privou Botswana da capacidade de comercializar os seus próprios diamantes.
“Além do facto de os diamantes serem nossos, não faz sentido continuarmos nos relegando a participar apenas do espaço áspero. Então, é lógico que queremos mais e vamos conseguir mais.
Mas por meio de negociação", afirmou o Presidente. O CEO da De Beers, Al Cook, disse ser “muito claro que, acima de tudo, na mente do Presidente está o interesse do povo do Botswana. Nós, como De Beers, queremos desempenhar o nosso papel numa parceria forte e estratégica. Estou muito confiante de que esta parceria avançará de uma maneira muito boa".
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