"Em qualquer investimento ou projecto como a refinaria de Dangote, que pode expandir as fronteiras do continente, tornaria cada um dos nossos países melhor e mais próspero".
Akufo-Addo disse isso quando se juntou ao presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, e outros presidentes africanos para comissionar uma refinaria de petróleo de 19 bilhões, a maior do gênero no mundo e construída pela pessoa mais rica da África, Aliko Dangote.
Espera-se que a refinaria transforme a Nigéria de importador de combustíveis refinados em exportador para acabar com a escassez recorrente de combustível, criando dezenas de milhares de empregos.
A refinaria, de propriedade do estado em 20%, operaria em plena capacidade até 2024 e seria capaz de atender 100% das necessidades da Nigéria de todos os produtos refinados e também ter um excedente para exportação.
Falando na cerimônia de comissionamento, o Presidente Akufo-Addo disse que as terras da África são abundantemente dotadas de recursos de hidrocarbonetos que totalmente explorados criariam prosperidade para os povos africanos.
No entanto, disse, "seria totalmente injusto para o mundo exigir que a África abandone a exploração desses recursos necessários para financiar o seu desenvolvimento, especialmente no momento em que muitos países do continente acabam de descobri-los".
O desenvolvimento e a industrialização das nações ricas de hoje, argumentou o presidente Akufo-Addo, também dependiam da exploração dos seus recursos naturais.
Essa evolução, segundo o presidente, ocorreu às custas da poluição e da emissão de gases de efeito estufa.
Ainda hoje, o mundo ocidental é responsável por 76% das emissões de carbono, em comparação com os 4% da África.
O Presidente Akufo-Addo exortou em muitas ocasiões os países africanos que recentemente descobriram petróleo bruto em grandes quantidades "a encontrar maneiras de trazer rapidamente os seus recursos substanciais de hidrocarbonetos para a produção".
"Com a ajuda da tecnologia moderna, a exploração desses recursos poderia produzir menos emissões do que ocorria no passado", afirmou.
“Devemos agregar valor a esses recursos e não exportá-los no seu estado bruto se a África quiser fazer a transição para o status de países desenvolvidos”, observou o Presidente.
