Como membro do Tribunal Penal Internacional, a África do Sul está obrigada a cumprir as ordens de detenção de Vladimir Putin, mas a medida excepcional do artigo 98 admite a presença do Presidente russo junto dos outros BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Segundo o departamento sul-africano dos Negócios Estrangeiros, "este é o padrão no que concerne à imunidade que fazemos para todas as conferências internacionais e cimeiras conduzidas na África do Sul”.
“As imunidades são para as conferências e não para indivíduos específicos. São para proteger a conferência e os seus participantes da jurisdição do país anfitrião durante a conferência”, reitera o departamento dos Negócios Estrangeiros sul-africano.
A África do Sul tem sido criticada por países Ocidentais por não condenar a invasão russa da Ucrânia, mas o que o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, defende reiteradamente é a neutralidade do seu país e de todo o continente africano.
Alinhado com quase todos os países da União Africana, Ramaphosa acha que, com tantos problemas que já enfrentam, a África do Sul e o continente africano não podem mais se deixar envolver pelos Ocidentais numa guerra que não os diz respeito. Daí defender a neutralidade.
