A União Africana adiou uma conferência sobre o combate aos fluxos financeiros ilícitos na África, marcada para meados de Março na Tunísia, devido a críticas sobre a repressão do governo e ataques raciais contra cidadãos subsaarianos.
Política e Sociedade Março 8, 2023
A União Africana emitiu uma declaração instando a Tunísia a “abster-se de discurso de ódio racializado que possa prejudicar as pessoas”.
A Comissão da UA convocou o representante da Tunísia para uma reunião urgente para registar “profundo choque e preocupação com a forma e substância” das observações em nome do bloco continental.
Cidadãos de países da África subsaariana foram alvo de ataques raciais após um discurso do Presidente Kais Saied, culpando os imigrantes indocumentados pelo aumento de crimes violentos.
Afirmara também que a migração era uma conspiração para mudar a composição demográfica da Tunísia, um discurso seguido por dezenas de prisões, atraindo críticas de activistas de direitos humanos.
Centenas de pessoas protestaram em Tunis, a capital do país, para denunciar o discurso de Saied, acusando-o de comentários racistas contra refugiados, tendo países como a Costa do Marfim, Mali e Guiné Conacry começado a repatriar os seus cidadãos.
A Tunísia rejeitou a responsabilidade pela violência racial, dizendo que apenas procurou garantir que “as leis da terra sejam respeitadas para evitar a propagação do caos”.
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