África aprova declaração para recuperar programas de vacinação

Os líderes aprovaram uma declaração para “impulsionar a recuperação da imunização de rotina em África”, após as interrupções causadas pela Covid-19, que suspenderam programas de vacinação infantil e aumentaram surtos de doenças evitáveis através de vacinação.

 Política e Sociedade   Fevereiro 20, 2023

África aprova declaração para recuperar programas de vacinação

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À margem da 36.ª conferência dos chefes de Estado e de Governo da União Africana, em Adis Abeba, em comunicado, os líderes da UA afirmam que visam “revitalizar o acesso universal de todas as populações à imunização para reduzir a mortalidade, a morbidade e a incapacidade e, consequentemente, ajudar os Estados-membros a alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em termos de saúde e as metas económicas e de desenvolvimento.

Um total de 8,4 milhões de crianças em África – entre 18 milhões em todo o mundo – ficou de fora dos serviços de imunização em 2021, segundo estimativas da Unicef e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a organização internacional, a vacinação relativa a muitas doenças evitáveis está, no continente africano, muito abaixo da faixa dos 90 a 95% necessários para manter África livre dessas doenças.

Na declaração para “impulsionar a recuperação da imunização de rotina em África”, os líderes africanos exortam os países a manter a imunização no centro das atenções enquanto se recuperam da pandemia de covid-19 e a vacinar todas as crianças que ainda não foram protegidas.

Os chefes de Estado também pedem aos vários países que “ajam rapidamente” para impulsionar os esforços de erradicação da poliomielite e usar as lições aprendidas com o programa contra a poliomielite para aumentar as capacidades de imunização de rotina em todo o continente.

“A imunização salva vidas e é um dos melhores investimentos em saúde que o dinheiro pode comprar”, defendeu o director regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, citado no mesmo comunicado.

“A pandemia da covid-19 teve um impacto devastador nos esforços de imunização em África e tornou crítico recuperar do atraso e voltar ao normal”, considerou.

A declaração apela ainda às comunidades económicas regionais africanas, às organizações de saúde e ao Banco Africano de Desenvolvimento para apoiarem a iniciativa.

Além disso, exorta os fabricantes a melhorar o acesso às vacinas e pede à Unicef e à OMS para ajudarem os países a monitorizarem a evolução da imunização.

Para a comissária da UA para Saúde, Assuntos Humanitários e Desenvolvimento Social, Minata Samate Cessouma, “podemos acabar com as doenças evitáveis por vacinas e salvar muito mais vidas. Isto é essencial para conseguirmos ter comunidades saudáveis e prósperas, conforme a premissa da Agenda 2063 da UA: A África que Queremos”.

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